A Garganta da Serpente

Annie Nogueira

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

SONS DA NOVA LUZ

Hoje há somente o som de tua luz
a visão do cego agora reluz.
Naquela noite tirei-me as vendas
e enterrei as velhas fendas.

O que enxergar se nada restou?
Buscar o novo, que ora brotou!
Perdi o medo de olhar a destruição?
Achei a ânsia de iniciar a construção!

O fim está longe,
o início é imediato.
Teu porvir traz a paz de um monge
com alegrias e sem o celibato!

Crio nas sobras de mim
pele em âmago vivo, carmim
Tu, meu vento novo chegou, e choro
Tua língua quente me lambe, e gozo.

Corpo vivo, sobreviveu
alma morta, renasceu.
E tantos anseios ansiados
aos poucos são desejos saciados.

E o teu porvir?
Há de vir.
O amor?
Há que sentir.

(07/01/08)

(Annie Nogueira)


voltar última atualização: 08/04/2008
10524 visitas desde 08/04/2008
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente