A Garganta da Serpente

Ariana Cádis

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Pátria em cinzas

Perdi a Pátria, por fim!
A minha... A que havia conquistado
Em noites de insónia, dias perdidos
Do tempo que já não ouso abordar...
Foi num fechar de olhos
Que a vi afundar-se no mar imenso
De toda a minha confusão obscura.
Náufraga... em ondas que eu criei...
E a minha Pátria???
Onde foi que me desencontrei???
Maldita liberdade de sonhar!!!
Foi por sonhar com asas que o céu
Se fechou para mim, e o fogo
Outrora consolo nas noites frias,
Queimou sem piedade as penas do meu voo...
Deserdei-me de tudo o que me pertencia...
Dei-me à lua com tudo o que sentia...
E agora de alma vazia e sem Pátria,
Sou o que sempre fui...
...Astro nu, poeira sem cor nem brilho...


(Ariana Cádis)


voltar última atualização: 01/06/2004
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