VAGA POESIA
Elevo o meu ser ao encontro do teu desatino
Como se alcançasse o auge do teu entendimento.
Mas teu esboço de amor é pequeno
Fazendo com que vagueie sem rumo
Tudo o que há em mim.
Como se o ponto de referência
Da minha vida estivesse em você,
Caminho nesta trilha escura
Que nunca alcançará o ápice eterno
Das inúmeras interrogações que trago.
Ao meu lado caminham as perversões do continente.
De pólo a pólo transita minha irreverência dormente.
Como se das mãos brotassem flores pardas do teu jardim frio.
O ego enfurecido que por vezes
Descubro que há em mim
Desfolha em sonetos que escrevo envoltos de paixão.
Mas neles não há rimas nem fantasias.
Somente uma lágrima,
Uma lágrima a cair no papel em vão.
(Ariana Segantin)
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