A Garganta da Serpente

Ariana Segantin

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O beijo

Falo-te como se fosse beijar
O desamparo do teu rosto intacto,
E na dualidade deste amar
Não sei se amo ou se é fato.

Toco-te com a pureza daquele beijo
Inebriando passo a passo o ar.
Tento não voltar para o desejo
Daquela que só vive para sonhar.

Aprisiono-te em meu gélido corpo.
Em tela despida, minha namorada.
Como fizera Klimt, em época passada.

Mas se acabo morrendo sozinho assim.
Os lábios se calam e os olhos falam
Sobre tua eterna presença em mim.


(Ariana Segantin)


voltar última atualização: 09/12/2006
10082 visitas desde 30/10/2006
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente