A Garganta da Serpente

Armando Sousa

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Dava a vida

Ontem, teria comparação com a mulher de agora?
O amor... tinha a linda arte de esconder e sorrir
Ares eram bravos; deliciosos melões não de fora
Verão chegava, só amor, nada mais para se abrir.

Vezes, os olhos esquentavam com o pensamento
Pele macia rosada brilhava, promessa do amanha
Cobiçava; coisa que não podia comer; que tormento
Era assim a mulher... amar; esperar por esse mana.

Se a sorte chegava; lábios encontravam beijinhos
Verão era eternal para esse lindo fruto amadurecer
Umas meias novas, para receber mais uns carinhos.

Há bela mulher antiga... só ver os joelhos dava prazer
Olhos adormeciam de amor, em ver só os fundinhos
Dava a vida para entrar em ti mulher; contigo morrer.


(Armando Sousa)


voltar última atualização: 08/03/2011
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