A Garganta da Serpente
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BONITA COMO O INFERNO

sempre vai ser tarde
a mão não quer
conversar com o espírito

a frente do espelho
nas costas nuas do passado
a harmonia do branco

o vento sopra na cortina
a angústia gera violência
quadro pendurado na parede

falta um oceano nesta sala
perfume de flores
e as abelhas de sal

perdi um pouco de tempo
entre o sofá e o chão
olhar perdido no tapete

sempre vai ser tarde
em cada pedaço de carne
resta alguma saudade

na mesma linha
no mesmo papel
o conflito e a existência

balões explodem
céus azuis de dezembro
o reino do absurdo

sempre vai ser tarde
mas vou continuar
dizendo um nome

coisas escapam pelas portas
a música altera o ambiente
o mundo afunda num sonho amargo


(assis)


voltar última atualização: 23/02/2011
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