A Garganta da Serpente

Bartira

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XIV

Perde-se a vida, ganha-se a batalha
buscando o teu segredo e me perdoa,
se quero interrogar-te. A voz me falha.
Espero, não me falte essa coroa

de louros perfumados na mortalha.
Na busca, da canção que ainda entoa,
aquele que encontrou fatal navalha,
escravo das palavras que amontoa,

jamais pôde encontrar desenvoltura...
Na dura experiência da verdade,
és tu real pureza enorme e clara!

És meu viver, a seta que dispara
o coração que é teu, todo em vontade,
oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!


(Bartira)


voltar última atualização: 29/08/2008
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