Conforto passageiro
Vi o que olhos humanos não deveriam atestar
Agora, dissemino o que presenciei
Vejo a cara dos fantasmas na noite escura
Sem glória, sem nomes conhecidos
As celebridades estão mortas, todas!
Não penetram o paraíso do meu mundo
E não podem fugir do esquecimento
Por mais que torturem o incrível anonimato
Ao qual serão acometidos, cedo ou tarde
Em chuva, o tempo passa e pesa
O corpo apodrece, a pele enruga
E a beleza que antes confortava
Agora, doce princesa, tortura... tortura...
(Bernardo Almeida)
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