A Garganta da Serpente

Bernardo Almeida

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Ao deixar-me, ainda em chamas
A tua presença não me abandona
E as palavras que proferes, agora saem de mim
Derivam todas da mesma harmoniosa fonte

Perdura em meu corpo a tua saliva
Restos de ti a completar-me
Como as migalhas da minha carne
Que levas em tuas longilíneas unhas

O deleite ainda umedece os lençóis
Emaranhados no palco armado sobre quatro estacas
Em que o teu amor contracenou com o meu
Diante de uma platéia invisível, que calorosamente aplaudia
Enquanto nossos músculos, pulmões e gargantas
Exaustos, agradeciam

(Livro Crimes Noturnos - 2006)


(Bernardo Almeida)


voltar última atualização: 11/12/2007
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