A Garganta da Serpente

Black Fenrir

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Floresta de vidro

Folhas de cristal
que respingam verdade
(vaidade)
troncos de vidro
lugar perfeito para covardes.

O silencio predomina
onde tudo parece belo
(ninguém vê?)
o chão é coberto de mentiras
replica quase perfeita do inferno.

Aqui estou eu
deitado no chão,vendo a verdade pingar
fecho os olhos e esqueço
que a verdade é uma gota no um mar.
Meus olhos cegos
não vêem o que precisam
e nem meu coração morto
me deixa esquecer o que está perdido.

Enquanto eu durmo
a mentira vira ilusão
muitas pessoas vem provar dela
eu também provo mas penso que não.

A cada dia
a floresta parece mais verde"quero verdade"eu digo
mas nem eu sinto minha sede.

Eu encho as palmas de verdade
que escorrem por meus dedos
continuo na ilusão mas não percebo, que esse é meu segredo.

Um dia a sinceridade visita a todos
mas só eu digo que a conheço
(outra ilusão)
ela parece flertar com todos
mas só comigo não.

Quando a ilusão parece real
me ergo orgulhoso
(que tolo,as calças na cabeça e mesmo assim não se diz louco).

Uma única ave de carinho
canta ao meu lado
mas cego e ludibriado não vejo o carinho de fato.

A floresta quebra
pro minha própria insensatez
só o pó resta
(chora cão arrependido, outra vez).


(Black Fenrir)


voltar última atualização: 31/10/2008
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