A Garganta da Serpente

Branco Di Fátima

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Contraponto

Um sorriso luminoso atravessa o espelho
silhuetas criam um contraste mágico no vidro
o fogo que apaga a água
se queima no labirinto
curvas formadas no rosto
denunciam a idade avançada
de um flamingo,
em trajes de gala
um defunto norueguês revela
a chuva morna e cálida
soprada pela brisa forte do vento.
Sons misteriosos
se propagam pela escada,
sombras obscuras se esquivam de esquina em esquina.
Contraponto
Clássico, novo, velho e moderno.
Pós-moderno. A rigidez das ferraduras.
A timidez das linhas de trem
sempre retas.
Demônios coabitam meu espírito
gaivotas cortam o céu de vermelho
anjos me cercam sempre vazios
A vida brota... entre meus dedos,
azul-turquesa denuncia meu grito
mais uma vez me sinto sozinho.


(Branco Di Fátima)


voltar última atualização: 10/03/2010
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