A Garganta da Serpente

Branco Di Fátima

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Anjo da guarda

Meu anjo da guarda é prata
e quer namorar comigo
meu anjo da guarda exala perfume
em seu sorriso
meu anjo da guarda pinta as unhas de preto
[ os olhares andam de metrô ]
Na casa do anjo da guarda,
em sua morada,
o som que calou as portas fechadas
negam passagem ao meu beija-flor.
Meu anjo da guarda caminha sozinho
na multidão de paridos,
deixando pra trás
vestígios famintos de gula no ar.
O anjo da guarda se mata em etapas,
Fita magnética das formas caladas,
urbanizadas.
Necropsia de defunto vivo.
Suicídio em doses homeopáticas.


(Branco Di Fátima)


voltar última atualização: 10/03/2010
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