A Garganta da Serpente

Bruno Bercito

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Mar

Naveguei por este sonho, meu irmão vou lhe contar
Passei por terras e vales, aonde nem o Sol ousou tocar
Errei por entre campos e bosques de onde faceiro toquei a Lua
E tropecei naquela montanha aonde cada estrela ao nascer do dia se amua

Mas por este mundo de aquarela não vi beleza como aquela
Um sonho de verdade irmão esqueça esse papo de Cinderela
Vi num mar o infinito, a cada minuto enchi-me mais de esperança
Passei no mar por uma tempestade, e lá estava ele quando chegou-se a bonança

Por entre as marolas durante dias eu errei
O tempo que ali se passou confesso que mal sei
Por noites e dias observei o nascer da vida
A essência de nós humanos, encontrei a minha saída

Mas algo me chamou mais a atenção irmão, vou agora lhe mostrar
Perdi me pelo horizonte, aonde o infinito toca o mar
Aquela linha tênue, que divide o sonho da realidade
Aquele ponto no espaço aonde não temos mais vaidade

Ao aqui chegar mergulhei novamente nas teorias de evolução
E após este naufrágio sentimental, cheguei a uma brilhante conclusão
Percebi porque dali viemos
Só mal entendo porque dali saímos

(24/1/02)


(Bruno Bercito)


voltar última atualização: 29/01/2002
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