A um Verme
Hediondo verme sanguinário,
Proveniente dos fluidos corporais
Forma vermicular horrenda,
Filho meu.
Que prazer tem você,
A devorar toda aquela carniça?
Não lhe passa pela cabeça,
Que teu futuro é ser devorado pelo caixão?
Você não pensa no porque da vida?
Não quer saber sobre todas as coisas?
Vive escondido, filosofando tua utopia.
Não se esconda, querido filho,
Não precisa se esconder para encontrar a podridão,
Pode encontrá-la aqui mesmo.
(17/05/2002)
(Bruno Bontempo)
|