A Garganta da Serpente

Bruno Grossi

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Incrédulo

Vejo a noite pela janela
Como quem vê o envelhecer da alma.
Observo a calmaria,
O choro dos infelizes,
O brilhar da madrugada,
O sopro no olhar
E não vejo ninguém.
A TV não sintoniza,
O rádio já não fala,
O cérebro não mais pensa.
A luz da vela me atrapalha.
México, Israel,
Palestina, Iraque.
Já não tenho mais notícias,
Já não me importo mais.
Estou cego, estou surdo.
Em que me transformaram?
O que eu me tornei?
Já não entendo mais.
Fecho os meus olhos...
Adeus


(Bruno Grossi)


voltar última atualização: 01/06/2007
13023 visitas desde 13/03/2007
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente