Basta!
no banheiro,
tomando banho,
beijo flores de porcelana.
sim,
ela era um belo rabo!
mas a cabeça,
diabolicamente,
havia sido infectada por
memes himenêuticos.
sem pagar as contas,
sem luz,
a água fria queimava a pele.
ela não acreditava em deus,
acreditava em si mesma.
eu não acreditava em nada.
a água do chuveiro escorria pelas
pernas.
o som da água descendo pelo
ralo,
eraosomdavozdeumlocutorderádionarrandoumapartidadefutebol.
ela tinha pernas propedêuticas
e seus braços, arabescos.
Oh sim,
ela era um belo rabo!
havia a conivência do sexo.
eu dizia a ela que isso bastava.
ela, por sua vez, disse:
"Basta!".
(Caio Bov)
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