A Garganta da Serpente

Calígula de Odisséia

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Última saudade

Risonha - na saudade aflora
Febril - o descanso às flores.

Andada, vivida
Sinalizada, filtrada a graus.
Da infância na saudade
O ingênuo ao tropeço
Não tem ninguém ao lado.

Saudosa, majestosa
Os dois lados do rio que passa
Perene a saudade

O que me importa tempos vividos
Verbos ditos
E o que devia ser feito?

Tudo é saudade
Na vida - lembranças.

E a vida, o que é?

Fui menino,
Sou moço,
Serei gasto pelo tempo
Vivendo saudades
Nas ultimas a despedida
Do que era lembrança perdida.
Nos campos perdeu-se em dor
Na ruína desbotou-se a flor.

A madre - saudades
Pelo tempo foi extraída
E na dor a lágrima.

Pálida saudade
Que ao poeta
Nem se quer deu flores.

Virgem dos sonhos meus
Saudades e um adeus
Na ultima vida
O fogo me consume
Logo estarei morto.

E tudo - agora saudades
É a vida.
Gélida ao poeta à morte
lembranças a morte
Flores ao poeta.


(Calígula de Odisséia)


voltar última atualização: 16/06/2008
5763 visitas desde 11/03/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente