O porquê
Quando me perco de ti,
Quando o afastamento se torna uma realidade,
De todas as formas exuberantes de ser,
Busco a essencial.
Porque tudo se desvanece, menos tu,
Tu, que és a minha outra metade,
Que me lês com o reconhecimento de quem domina o dialecto,
Que me decifras, e buscas-me incessantemente,
Sem nunca apresentares cansaço.
Noites de volúpia e encantamento,
Em que somos um só,
Desnudas-me como ninguém,
Porque ao que julgo saber,
Não temes encontrar-me
Porque quando isso acontece,
Vês a imagem reflectida no espelho,
E a felicidade que sentimos é a combinação perfeita,
Em uníssono de dois amantes
(Calipso)
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