O erotismo do amor
Com fios arrancados dos teus pelos,
Nos sítios do teu corpo mais perversos,
Teço o erotismo destes meus versos,
Como eco de resposta aos teus apelos
E com o tecido meio indecente
Que sai dos meus mais lascivos teares,
Vou costurar os lençóis que sonhares,
No puro amor que sei que também sentes.
E quem não entender os meus teares
Nem o pano dos lençóis que sonhares,
Não entende os meandros deste amor
Tecido em teares da falsidade,
Sem a lasciva da pura verdade,
O amor rasga-se em retalhos de dor.
(24/11/2003)
(Cândido)
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