A Garganta da Serpente

Carlos Rodolfo Stopa

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A Justa Medida

Dos meus dias, tenho, em justa medida,
Tudo aquilo que neles ponho;
E do meu tempo, nem mais nem menos:
Paguei a bom preço os meus sonhos!

Sigo a cuidar dos canteiros de minha horta:
Palmilho este lugar-mundo onde vicejam
Os raros cultivares dos meus amores,
Piso os terreiros onde brotam os meus pesares!

Os recorrentes tropeços, as inevitáveis dores,
São partes integrantes de minha trajetória;
São os sulcos rasgados nos canteiros
Onde devo trilhar o mistério da existência!

Meu caminhar é um só: não tem volta;
Mostro a que vim, manifesto a minha força:
Exatamente naqueles sulcos dos canteiros
Eu semeio a vida futura - a cada minuto!


(Carlos Rodolfo Stopa)


voltar última atualização: 24/03/2006
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