A Garganta da Serpente

Carlos Artur Paulon

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CARNAVAL

Prata e preto, preto e prata,
Sob as lindas luzes da avenida,
Ela brilhando me fez feliz em exata medida
E criou em mim uma lembrança grata.

Meu tempo não é o dela - nos separam muitos carnavais -
E nada farei por esse meu estúpido coração menino,
Se minha razão vigia e implora retomar meu tino
Para buscar paz e amor, não mais paixões eventuais.

Sambar não sambo, cantar não canto.
Seguia seus passos no ritmo da passarela.
Ela alegre, bela e solta, eu distância mantida, bem perto dela,
Cujo balanço me envolvia e na "festa da carne" tornei-me santo.

Sua beleza menina, tímida, doce e tranqüila,
Eu cuidava para que não me fosse perdida,
Ela, em rodopio, sorria e cantava na multidão aturdida
E o meu carnaval, por causa dela, chamou-se Kamila.

(Fevereiro/06)


(Carlos Artur Paulon)


voltar última atualização: 25/04/2017
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