A Garganta da Serpente

Carlos Rocha

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SONETO DO ADEUS

Bailam meus olhos em busca dos teus,
Qual pirilampos na noite sem lua,
No mar de trevas do porto do adeus,
Do nunca mais te ver na minha rua.

Do nunca mais que não quero aceitar,
Porque sofri dessa paixão que traz
Tola esperança de unir num só lugar,
O fogo e a cinza do amor fugaz.

Voam no cais, as páginas rasgadas
Com os poemas desta alma louca,
Ao vento soltos na palavra rouca,

Teu nome em aflições balbuciadas,
Tristeza e culpa de não ter sabido
Tanto te amar o quanto fui querido.


(Carlos Rocha)


voltar última atualização: 04/08/2004
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