A Garganta da Serpente

Carlos Savasini

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Forca

Quedo e esfacelo-me
Despenco-me na mácula do papel
Mitigo a robustez da nódoa
Faço olhos, boca e corpo de rabiscos pueris
Traço bonequinho bruto, tosco e deformado
Pronto para ser enforcado na busca das palavras
Que faltam para fazer uma ode
E enfim
Abre-se o cadafalso
Despenco e começo tudo novamente
Mais uma vez ponho-me na forca
E recomeço o poema
Do fim.


(Carlos Savasini)


voltar última atualização: 01/06/2007
11564 visitas desde 01/06/2007
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente