A Garganta da Serpente

Carolina Salcides

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Olhares

Ora um olhar angelical
Sobre asas que lhe protegem de todo mal.
Ora um olhar fatal
Com garras que ferem o mais puro mortal.
Como pode ela
Felina, feroz.
Anjo doce
Voar alto como um albatroz?
E rastejar fundo...
Suja, no imundo.
Ela fere.
E é ferida pelo mundo...
Mostra seu olhar doído
Seu olhar arrependido por ferir...
Flores se abrem depois da chuva.
Máscaras caem depois da luta...
Não há como omitir.
Olhares...
Que se cruzam depois da permuta.
Olhares cansados...
Apaixonados...
Olhares.
Verdadeiros olhares...


(Carolina Salcides)


voltar última atualização: 25/09/2006
14095 visitas desde 17/11/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente