A Garganta da Serpente

Charles Lewis

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As Rosas do Mal

Mesmo que eu ande pelo desconhecido amedrontador...
E o medo acompanha-me lado a lado.
Mesmo que eu ande pelo vale da morte...
Os ventos que me tocam e me assustam...
Os dias que morrem e as noites perpétuas,
Com estrelas a brilhar no distante luto do céu...
Reluzindo no mar negro e profundo,
E estava lá...
Quando as aves voavam no céu encoberto pelo universo,
Na chuva fria que caía suavemente na terra...
A terra molhada onde se pisava...
E estava lá...
Diante do abismo de onde os poetas se lançaram...
No fio de tristeza que envolvia a alma.
O sangue frio que corriam pelas veias dos mortos...
O pesado sentimento assassinado pelo olhar...
A última esperança nascida de uma morte,
Na vida,
Na vida deixada por mim quando me atirei,
Para que uma nova esperança surgisse,
Para que nascesse um novo sentimento...
E reviver daquela solidão que consola.
As lágrimas que formam esse mar...
Eu estive longe da minha vida,
Onde nunca mais voltei...
Sem que pudesse perdoar...


(Charles Lewis)


voltar última atualização: 15/04/2005
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