Almas vazias
Comédias e gargalhadas se espalham pela rua,
reluz a carne crua nas duras esquinas da vida.
A paixão açoita corpos, curvas e músculos,
promete brilhos ilusórios e a liberdade de mentira.
Artistas talentosos mofam numa apatia escura,
há frustrações e dores entre os inconformados.
Bebida e fumaça anestesiam; os risos se alastram,
o mundo real e a fantasia confundem os sentidos.
O que será dos homens escravos da liberdade:
morfina, sangria, heroína e almas vazias?
(Cíntia M. Melo)
|