A Garganta da Serpente

Cíntia Rosângela

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Partida

As pálpebras desabam, os lábios tremem,
do peito que arqueja uma fenda se abre
e não há força que consiga conter as lágrimas...
Início sem começo,
palavras que nunca foram ditas.
Não há mais dia, noites, madrugadas
Sorrisos se fecham como os botões
do jasmineiro eternamente sem flor,
de longe, o canto triste da cigarra.
Eternas dúvidas de uma história mal contada.
Restos de um todo que não é nada.
Olhares seqüestrados, completa ilusão.
É o silêncio, o beijo inesperado
Riso sarcástico de uma face fria
Descoberta tardia, medo e agonia
É o adeus que assombra, noite e dia...


(Cíntia Rosângela)


voltar última atualização: 25/09/2006
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