A Garganta da Serpente
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Cláudia Carvalho

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Frações do desejo

No aspiral de nossas vontades
Despimos roupas, defesas,
Vaidades
O corpo ganha intensidade
num gozo prestes a irromper
O momento sangrento
de batalhas,guerras,
Enfim, pequenas grandes vitórias
Da alma primaveril
Destoa ainda insaciável
Generais do vento
Ora abruptos, ora lentos
Esses desejos irrevogáveis
Deturpados em lamentos
Nunca são totalmente libertados
Ficam aprisionados no tempo
Crescem dilatando esse abrigo
Servil e discreto corpo
Que transporta comodamente
Essas tormentas estanques
Se aprisionadas lançam
Furacões pelo sangue
latejante instante


(Cláudia Carvalho)


voltar última atualização: 08/05/2003
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