HORAS MORTAS
Luzes apagadas...
Um cheiro de mofo
enche todo o ar.
O relógio se
arrasta tedioso
pelas horas pardas.
E meus olhos não
param de chorar.
O cinzeiro cheio
das cinzas de mim
mesmo. Rebotalhos
do que já se fora.
Cinzas de um amor
de mim apartado.
Sonhos de cetim
que embora se foram.
Sentado no velho
sofá, olho para o
nada, assistindo a um
filme do passado.
Nada mais me importa.
Sou um ser fatigado
que vive só. Apenas
destas horas mortas.
(Claudia Sleman)
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