Mulher Vil
Quanta arrogância , soberba
tropeças em teu orgulho barato;
És mulher ingrata que de tanto
amada açoitas com teus olhos frios
este que foi teu objeto, teu escravo
voluntário; este que tirou de si
o amor próprio e entregou a ti
como chave de um rico cofre
um mapa do tesouro, a revelação
de um segredo mortal; és mulher passageira,
de tantos braços, tantos colos e intensos ais
de amores repentinos, que não se fixa em
nenhuma cama, se doa aesmo e chora
sozinha no espelho do teu quarto!
(Claudio Fernandes)
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