A Garganta da Serpente
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

CAVERNA

I

Figuras silenciam
o que palavras
contemplam.
Rancor e boca
escondem
o que o olhar
geme.
Sombras
projetam
rostos na caverna.
O insuficiente
extrai
sobras
do infinito.

II

Sombras projetam
olhos
na caverna.
O vulto abre
eco indefinido.
Reconhece,
o poço,enfim,
o seu domínio.
Avante,
no céu,
garças delatoras.

III

Não há páginas
no grão:
biblioteca.
Só os caranguejos
reconhecem
a própria sombra
na areia.


(Cleber Pacheco)


voltar última atualização: 16/05/2017
10778 visitas desde 07/07/2010

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente