AS ROSAS
As rosas pela manhã,
úmidas de orvalho,
vaidosas anunciavam
o nascer de um novo dia!
Exalando seu perfume
tão doce,
tão inebriante,
fazendo do beija-flor,
tão pequena avezinha,
seu mais fiel multiplicador.
Esse perfume
tão doce
me acompanha
em toda vida.
As rosas
tão rosas
do jardim de minha infância!
Pétala por pétala,
trago na lembrança...
As mãos macias de minha mãe
acariciando a terra
no plantio das mudinhas;
A alegria estampada
no olhar tão brilhante,
quando sorrateira
lá vinha a roseira
com seu mais novo botão!
Que saudade meu Deus,
das doces mãos de minha mãe,
tão macias, tão suaves
que se misturam ao perfume das rosas
nas minhas velhas lembranças...
Mãe,
rosa,
perfume,
dádiva de Deus, aos homens
tão pequeninos...
(Cleidiner Ventura)
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