prelúdio
Há em teus olhos
Um prelúdio
de invernia sacralizada.
No alvorecer de teus abismos
O amor ramificou
Uma flor
de suspiros
danificados.
Por que a palavra amor
Resultou
Sem esperança,
Esse poema
Naufraga no dialeto
Esquecido
de teus lábios.
Acesos dentre escrituras
E esquecimentos,
Teus olhos reinventaram
o anonimato dos pássaros.
E teus seios
Conduziram
Minhas mãos
para o ofício
De repartir a sinfonia
das raízes
xilogravadas
no coração dos calendários.
(Cleilson Pereira Ribeiro)
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