Alarido
Depois que teus olhos
encurralaram os meus,
O poema têm em sua casca
um prefácio de garrancho amotinado.
E para cada feixe
de rima que combate
Aprende um alarido
que reconduz seu arcabouço
expatriado,
para a desnutrição insólita,
das secas.
Teu olhos,
endureceram
com seus alumeios
a carcaça
de meus dias sem esperança.
( Mas deixaram
uma latunia felpuda
acariciando a medula
de minhas lágrimas.)
(Cleilson Pereira Ribeiro)
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