A Forma do pote vazio
(para Regina Mello, Presidente do MUNAP e criadora do ORIGINAL)
Mãos no barro,
cheiro de rosa ou cigarro,
em cada mão,
não importa não.
Oleiro da água e da argila,
modela de forma tranqüila
ou febricitante,o pote,
grande ou pequeno, com ou sem asa,
ânfora de fina cintura,
com bico ou apenas reservatório
de redonda boca.
o pote, a ato de faze o pote:
a forma não im/porta:
abre-se a qualquer algo
resiliente e moldável á sua forma interior.
No exterior, a magia da expectativa,
do entorno onde quem pergunta
o quê contém o pote,
se matará sede ou fome
ou ocultará fortuna, roubo, papiros.
Mar vivo em Mar Morto.
(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)
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