A Garganta da Serpente

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

A Forma do pote vazio

(para Regina Mello, Presidente do MUNAP e criadora do ORIGINAL)

Mãos no barro,
cheiro de rosa ou cigarro,
em cada mão,
não importa não.
Oleiro da água e da argila,
modela de forma tranqüila
ou febricitante,o pote,
grande ou pequeno, com ou sem asa,
ânfora de fina cintura,
com bico ou apenas reservatório
de redonda boca.
o pote, a ato de faze o pote:
a forma não im/porta:
abre-se a qualquer algo
resiliente e moldável á sua forma interior.
No exterior, a magia da expectativa,
do entorno onde quem pergunta
o quê contém o pote,
se matará sede ou fome
ou ocultará fortuna, roubo, papiros.

Mar vivo em Mar Morto.


(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)


voltar última atualização: 01/09/2009
25932 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente