A Garganta da Serpente

Constança Lucas

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No Brasil

Passaram anos e anos
nós lavramos a terra
barcos levaram a paz
semeada sobre o mar

Temos a sina de viver
com a saudade, de pedra em pedra
na nossa rua nascem
a ternura e a tempestade

Recusamos a violência
abrimos o peito a cantar
à beira deste mar
medimos o sol e as vagas

Ouvimos o romper da aurora
nesta terra de melancolias
onde inventamos raízes
semeamos esperanças
emprestamos luzes

Criamos palavras perturbadas
dançamos alegres canções
numa recusa de mágoas
amamos nas madrugadas
nesta terra emprestada ao sonho


(Constança Lucas)


voltar última atualização: 08/11/2007
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