A Garganta da Serpente

Corvo Noturno

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SANGUE E SALIVA

Da tua boca estou cansado.
Você fala e me agride.
Você cala e me fere.

Seu barulho me condena
Por crimes que não cometi.
Seu silêncio me revela um ódio inoportuno.

Seu suor é uma lágrima do teu corpo.
Teu coração é máquina e me dá nojo.
Você é gélida e fria.

Queria que estivesse morta.
Depois de beber teu sangue e saliva.

Depois de tua morte, trágica poesia.
Restariam Sangue e Saliva.

(09/02/04)


(Corvo Noturno)


voltar última atualização: 12/04/2004
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