Esta noite, a esperança.
Não tema a imensidão do breu
O amanhecer tarda, não falha, não peca.
O gigante pode até virar pigmeu,
Mas enquanto o mar não seca
Os barcos continuarão a navegar.
Há quem entregue as cartas
Muito antes de acabar o jogo
Esquecem esses, porém,
Que da brasa pode vir o fogo
E pelos trilhos correr o trem.
Esta noite, em algum útero,
Está nascendo uma criança,
Renascendo a inocência,
E despertando a
esperança.
Lírios do amanhã...
Espero... Espero...
Mas não espero sem lutar.
(Cosmoson)
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