O E X . . . P E R M A
No meio a um mar seminal
navego
como tantos outros,
milhões comigo . . . é fenomenal.
O destino não sabemos
só instinto no intestino temos,
como o salmão,
ir a frente com toda essa gente
numa mesma direção.
São tantos que o fluido embranquece
num turbilhão em corrente
correndo da morte,
com ou sem sorte,
com ou sem prece.
Há uma cortina à frente.
Será um obstáculo ?
Preciso ultrapassá-lo,
isso não sai da minha mente.
Na verdade, reparando bem
é um tabernáculo,
quem sabe uma outra vida consciente.
Consegui entrar.
Venci, sem braço e sem perna.
A partir desse momento . . . gente,
sou um e x . . .p e r m a !
(Dagô)
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