A Garganta da Serpente

Daisy Libório

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Framentos meus...

(...)
A floresta de pensamentos é densa
Os olhares de reprovação são frios...
E a gente continua caminhando... a sóis - todos nós.
Rumo a onde?
Deixemos a densidade da existência
Tormar-nos conta...
e nos levar à uma compreensão maior do objetivo de caminharmos...

 

 

(...)

Atire-se!
Entregue-se a uma nova realidade!
Soon - Soon - Soon!!!
Mergulhe na sua própria ferida e ache
a cor
a dor
o sentido
escondido à sua sombra.

E nada mais que isso!
Apenas um gole de (dry) silêncio,
Gotas de chuva colorida na face
E nada mais que isso!

 

 

(...)

Pedaços de cristal...
milhões de pedaços -
sou ainda capaz de quebrar?

 

 

(...)
Quebro-me apenas sob toques
ultra-bruscos
Pelo menos quebro-me!
Me esfarelo!
não me remendo - Renasço!!!

 

 

Poucas são as palavras que consigo segurar
O resto o vento leva...
Será que as verei novamente?

 

 

Somos todos animais
Mas não reconhecemos essa magnanimidade
Preferimos nossas máscaras morais...
Enfim, deve ser bom ser Lobo...

 

 

Os dias jamais voltarão...
sua vida está indo embora!
Triste constatação!!!

 

 

Quem causa repúdio
(mesmo que de maneira injusta)
Poderia também causar falta?

 

 

Acre é o gosto de certas línguas:
isso vem da cerveja
ou das palavras cruéis???

 

 

Charada:

... por que você me olha,
mas não me vê...
... porque fala de mim
mas não me conhece...
e jamais chegou perto
de uma afirmação realista a meu respeito.

 

 

Não pertenço a este mundo:
me dê mais uma cerveja!
... e mais uma cerveja!
mais uma cerveja!
uma cerveja!
cerveja!
!

 

 

Deixo-me permear
pelos raios catódicos da televisão...
Se ela não pode roubar meus pensamentos
Que me faça luz e energia!

 

 

Tento ser volátil...
mas são tantos os olhos que me seguram aqui...!

 

 

Não quero ser a musa de suas fotografias:
quero mergulhar nelas!

 

 

PaRaNóIa?
Pode ser! - (levei anos para dizer isso...)

 

 

Halos Multicoloridos...
Silêncio...
Frio...
Paraíso!!!

 

 

NÃO SOU
o corpo
QUE SOU!

 

 

Quanto mais você me sente,
mais me dissipo
em quem você é
e quanto mais me dissipo em você
mais você me quer
(te permeio do modo que fujo)!

 

 

Te darei a chance de me decifrar - se conseguires:
mas use apenas as mãos
e jamais ouse dizer qualquer palavra!

(... "jamais me alcançarás de fato" - penso logo.)


(Daisy Libório)


voltar última atualização: 22/03/2010
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