Bruta Matéria Bruta
Eu sou o irresponsável responsável pelos meus atos desconjuntados
típicos de seres desatinados, contudo, não sou falso!
Eu sou eu mesmo por todos os ângulos e lados
e faço questão de deixar isso bem claro.
Não preciso usar máscaras, trajar fantasias
e nem tão pouco sair nas ruas dando espetáculos
como um palhaço de um circo falido por falta de alegria.
Minha figura em si, desprovida de quaisquer apetrechos e regalias,
tem topete e ousadia suficientes
para enfrentar as regras que aos nossos sentidos
cega, ensurdece e silencia.
Eu, bruta matéria bruta em toda minha simetria,
tenho esperança e petulância suficientes para cultivar dentro de
mim
sonhos mesclados com a realidade do dia a dia.
E quem quiser berre ao mundo
que eu sou LOUCO DE CARTEIRINHA!
Mas desde quando um cromossomo de loucura
não compõe a genética de uma vida
diagnosticada como sadia?!
(Daniella Fernandes)
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