LASSIDÃO
Pare com as suas homéricas fugas
pare de buscar refúgio
em qualquer líquido
que o teu cansaço elegeu
como o néctar alcoólico da tua fadiga
Não te sintas mais assim,
tens a mim...
Já não é mais necessário que
a tua tão gloriosa azáfama do labor
típica daqueles que vivem
o mais elevado índice da responsabilidade
que a si próprio instituiu
Procure na ausência do seu eu
o autoconhecimento que por vezes necessita
Desejo te mostrar o quão cálido pode
ser o beijo de quem se ama.
Quero te demonstrar a candura do meu abraço
Onde os nossos corpos entrelaçados
possam arrancar violentamente
aquele medíocre cansaço do corpo
Através da delicadeza do querer,
Da sutileza do tocar,
Para alimentar a alma,
E protegê-la da lassidão rotineira
Que, graças a você
É caráter alheio ao meu AMOR.
(Daniella Miranda)
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