A Garganta da Serpente
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NA DOR CRUEL DE UM AMOR FINDO

Estou no lado avesso do mundo
É muito fácil me encontrar
Estou inserido no pior lugar
Como indigente no submundo

E quando o mundo seus restos esgota
Eu sorvo neles meu alimento
Nunca dispenso qualquer tormento
Vivo no vômito que a tudo embota

Eu me encontro no lado avesso
Do mundo lindo que tu conheces
Na dor cruel que tu não padeces
Eu brinco como um velho travesso

Destôo de tudo o que soa lindo
Como um menino sem doce eu sou
Pênsil no gume de adaga estou
E na dor cruel de um amor findo.


(D'anton Medrado)


voltar última atualização: 16/05/2017
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