A Garganta da Serpente

David Nobrega

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tua porta

A ti, de quem roubei um beijo
Serei correto contigo, tenho que te avisar
Que uma vez que tocaste meus lábios
Em teu coração me deixaste entrar.
Não adianta nada agora a rebeldia,
Querer por toda força se libertar.
És minha por longo tempo
Mas não sou eu quem decide quanto ficar.
Me aquieto calado em teu peito
Penso mil e uma maneiras de te fazer me amar.

Insidioso qual doença febril
Tento hoje a felicidade, amanhã o prazer
Momentos de loucura juvenil
Outros, saudades desagradáveis do querer

Não me importo a quem já tiveste
Ou quem a este,
- agora meu, -
ex-coração teu já viu
Me deixa aqui, em meu canto
Fico bem, mesmo sozinho um tanto.

Mas se sentires vez por outra
Um comichão, um aperto
Saiba que sou
Querendo fazer saber a ti,
De quem roubei um beijo
Que ainda estou por aqui.


(David Nobrega)


voltar última atualização: 20/06/2008
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