A Garganta da Serpente

Débora Villela Petrin

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

DISTÂNCIA

Tão perto estive,
Mas seu coração ficou sobriamente emudecido,
No balanço turbulento das águas,
Procurei o seu ser em forma de um peixe,
Entre o espaço das ondas e meu corpo,
Senti o gélido toque de sua ausência.

Nadei rumo a areia escaldante,
Adormeci ao relento,
Sonhando que a textura macia,
Beijava meu corpo em prantos,
Acobertando a avidez de meu ser,
Senti o despertar da chama da paixão.

Acordei na paisagem silenciosa,
Entre o mar e o vento,
Não pude desfrutar da incandescência do seu olhar,
Nem saborear o néctar de seu beijo,
Senti impiedosamente o sonhar do encontro,
Desse amor mirabolante.


(Débora Villela Petrin)


voltar última atualização: 21/03/2011
18657 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente