A Garganta da Serpente

Débora Villela Petrin

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Coração de mãe

(A você minha mãe guerreira)

No manto debruado por linhas espessas,
Costurando sonhos e pesadelos

Nem o balanço de ondas revoltas,
Desprezam os retalhos

Que ainda,

Bordados na colcha larga e solta,
Possuem pregas grudadas em suas pontas

O pó esmaecido se desfaz do matelassê amarelado,
Sobrevivendo a cor da vida

Nos cantos estreitos a busca da solução,
Retrata a alma

Ensolarada,

Disposta a navegar em aventuras,
Solitárias ou não

Sem se preocupar,

Com o número de pessoas juntas na "nave",
As portas abertas mostram a sua forma

Exclusiva de ser,

Com atitudes sinceras, despojadas e cobertas
Pela maciez do sorriso espontâneo

Mora a mãe guerreira,
Esbravejando a sua língua pátria

De amor total.


(Débora Villela Petrin)


voltar última atualização: 21/03/2011
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