Confrontar-se Com O Espelho
Desperto à madrugada de lua cheia
Com os passos vacilantes do descrompromisso
Ao talento desconhecido, a estar sempre omisso
Quando o convoco a expurgar a voz da cadeia
Imaginário atroz, a proclamar impotência
A mão reprodutora de palavras no cortiço
Diabético do verso antipoético, órfão/mestiço
Emoldurado com descuido na sala a respirar carência
A trajar instrumentos ascéticos de melodia
Não executadas a luz do dia
Por possuir alma d'um musico postiço
Perfumado por reconhecimento que mentia
A íris (indagação) enquanto lia
Minha alma , depois a dizer: o que tenho a ver com isso?!
(Demioergoi)
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