A Garganta da Serpente

Demioergoi

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Ao encontro do luar

Respeito o silêncio do teu olhar
Ao ler o poema que te mandei
Numa noite de verão que desenhei
Um dia juntos a sonhar.

Éter dos sentimentos põem-se a cantar
Hipnóticas melodias que emprestei
Aos músicos que em mim hospedei
Para na adormecida lareira te encantar.

Numa livraria escolho qual Florbela comprar
Com receio de não ser o mesmo que te dei
No teu aniversário que esqueci, mas entreguei
Recheadas de lírios a te perfumar.

Ascendo a luz para respirar
Todos os traços que imaginei
De o teu nu ser que elevei
Ao mais puro lugar do altar.

Tive nos braços o ar
De tua respiração e pensei
Como seria um deleite... e corei
O doce da tua boca ao te beijar.

As palavras fogem de mim a pular
Por caminhos do labirinto que tracei
Por estações que não respeitei
Ao encontro do luar.


(Demioergoi)


voltar última atualização: 04/08/2004
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