A Garganta da Serpente

Demioergoi

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Fronteira de Rosas

Sou poeta emotivo,
Lápis que utiliza o luar,
A escrever sem motivo
Bela canção para te cantar

Rasgo as folhas da vida,
Livro empoeirado da estante
Duma biblioteca distante
Da solidão despida.

Adormeço sem cerrar os olhos
Ardentes, trajando uma velha fantasia
Que te fez chorar d'alegria,
Num quarto sem espelhos.

Abro teu diário com fome,
A violar tua fronteira de rosas,
A procura do meu nome
Por estações confusas.

Respiro palavras tuas
Escritas, faladas, nuas
Pela manhã de dezembro
D'um ano que nem lembro.

Beijo apaixonadamente o vento
Consumido pelo desejo lento
De estares sempre presente
No meu coração doente.


(Demioergoi)


voltar última atualização: 04/08/2004
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