NÃO HÁ
Estou sozinho
Sem nada pra fazer
Só sou faminto
Sem nada pra comer
Aqui sentado
Sequioso por alguém
Só fico mal-amado
Não vejo ninguém
Só vejo negro
Apagaram a luz
Estou com medo
Seguro na cruz
Não há um vulto
Não a escada
Não há tumulto
Não há nada
Onde estão meus olhos
Me devolvam por favor
Sai sangue dos poros
Vida de horror
(Diego Hang Borges)
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